A “Educação da Vida” não procura resolver os problemas partindo das ramificações, mas começando pela raiz.
Na verdade, o estudo dos filhos é o mesmo que estudo dos pais. Segundo a “Educação da Vida”, todo aquele que vivenciar os itens seguintes se tornará autoridade no assunto educacional, conseguindo resultados práticos milagrosos:
1. Conscientizar a Verdade única: “o homem é filho de Deus”. Ou seja, assimilar corretamente a natureza verdadeira do ser humano.
2. Persistir no método de educar visualizando, segundo o qual “manifesta-se aquilo que vemos”, assimilando a Verdade de que o mundo tridimensional é manifestação da mente.
3. Viver acreditando que existem somente Deus e o bem. O fenômeno é apenas manifestação; parece existir, mas não é existência verdadeira; o mal parece existir, mas não é existência verdadeira.
4. Conscientizar o “eterno agora”. O “agora” é tudo, não existe outro momento senão o “agora”. É importante contemplar o “eterno agora” por trás da aparência fenomênica.
Os quatro itens acima são princípios fundamentais da “Educação da Vida”. Existem diversos métodos de educação e de ensino, mas nenhum deles pode ser eficaz se não estiver baseado na “Educação da Vida”. Aparentemente, os princípios fundamentais acima são de difícil compreensão, mas sua prática não. Pelo contrário, quando conseguimos vivenciá-los plenamente, a educação dos filhos torna-se bastante agradável e prazerosa.
O rendimento escolar melhora rapidamente, acreditando que “a criança gosta de estudar”
O método para tornar estudiosa uma criança que não gosta de estudar é muito trabalhoso e de pouco resultado prático. A maioria dos pais e professores vêm procedendo dessa forma. Basta pensarmos um pouco para compreender o insucesso desse método: tentar transformar um “mau aluno” em “bom aluno” é o mesmo que polir um pedaço de tijolo tentando transformá-lo em pedra preciosa. A natureza verdadeira da criança é de um perfeito filho de Deus, por isso, quanto mais lapidada, mais brilhante. A criança, por natureza, “gosta muito de estudar”. Se aparenta o contrário, é porque existe algo que impede a manifestação dessa natureza. Basta que os pais eliminem a causa desse impedimento.
Além disso, existe algo que a criança não suporta: o fato de os pais só considerarem que ela está estudando quando está diante de livros e cadernos. Os pais precisam conscientizar que em todas as atividades seus filhos estão “estudando”, aprendendo algo novo. Precisam ter sabedoria para relacionar cada movimento deles com um aprendizado.
Em resumo, a criança por natureza, gosta de estudar. Apenas deixa de manifestar concretamente essa natureza quando não conseguir se desenvolver plenamente, por falta de compreensão dos pais, de que está “estudando” efetivamente, a todo instante.
Praticar a mentalização “Meu filho gosta realmente de estudar”. É assim que se aplica o método da “Educação da Vida”. Quando você conseguir ver realmente que tudo o que seu filho faz como sendo, uma aprendizagem, acontecerão fatos maravilhosos.
Quando criei meus filhos, estabeleci o seguinte lema: “Tudo que a criança faz é um aprendizado”. Observando bem cada movimento da criança, verificamos a sucessão de aprendizagens pela qual ela passa com admirável empenho. Os movimentos de um bebê são realmente uma sucessão de lições; não pára um momento sequer, movimentando-se sempre. Mudam-se a forma e o modo, mas a vida de um ser humano é realmente uma contínua aprendizagem. O “Eu interior” eleva-se cada vez mais em contato com o mundo exterior, reagindo a ele e passando por inúmeras experiências.
Quando orientei o seminário sobre a “Educação da Vida”, uma senhora me relatou que surpreendeu seu filho de quatro anos brincando de fazer buraquinhos na divisória de papel da sala. Se fosse antes de conhecer a “Educação da Vida”, teria gritado “Não faça isso!”, mas, como acabara de aprender que tudo que a criança faz é um aprendizado, chegou perto do filho e começou a fazer buraquinhos também. Acreditando na capacidade de raciocínio da criança, disse calmamente: “É gostoso aprender algo novo, não é? Você gosta muito de aprender, não é, filhinho?... Mas, se ficarmos fazendo buraquinhos, no inverno irá passar vento por aqui e papai, vovô e vovó, todos sentirão frio. Então vamos deixar de fazer buraquinhos aqui? Que tal procurar outros papéis que possam ser furados? Vamos estudar neste papel?”. Não é porque “tudo que a criança faz é um aprendizado” que podemos deixá-la fazer o que quer. Em primeiro lugar, os pais devem entender e apreciar o aprendizado do filho, para depois mostrar-lhe a razão de encaminhar essa manifestação da vida ao rumo correto.
(Editado do livro: Educação do Filho de Deus, vol. 1)
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